sábado, março 10, 2018

A HISTÓRIA DO PARTIDO DOS PANTERAS NEGRAS


Consciência social e racial, treinamento paramilitar e formação política, conheça os revolucionários que ensinaram Gil Scott-Heron, The Last Poets e Public Enemy a "pensar" música!


Fundado em 1966, na cidade de Oakland, estado da Califórnia, Estados Unidos, o Partido dos Panteras Negras para Auto-Defesa (Black Panthers Party for Self-Defense) foi um movimento revolucionário pós aprovação da Lei dos Direitos Civis norte-americanos, originalmente chamado Partido Pantera Negra para Auto-defesa (no original, "Black Panther Party for Self-Defense", depois, mais conhecido como "Black Panther Party" (Panteras Negras).


A obrigatoriedade de integração, em consequência da abolição e proibição de medidas segregacionistas e/ou racistas, tornou as relações raciais nos Estados Unidos juridicamente justas, porém, socialmente tensas. A Lei de Direitos Civis apenas iniciava o processo de integração, porém, o grupo historicamente privilegiado não aceitaria uma derrota desta proporção. Em várias cidades, conflitos violentos tornaram-se rotina, e, além disso, os conservadores, que insistiam em manter o sistema racista, para assim, continuar gozando de seus privilégios, tinham um braço armado oficial a seu dispor: a polícia. Em várias grandes cidades norte-americanas, a violência policial se tornou o principal problema das relações Estado-população negra. Nesse cenário, os jovens Huey Newton e Bobby Seale, à época, ativistas do movimento negro estudantil, cansados dos abusos da polícia nos guetos negros de Oakland fundaram os Panteras Negras.


O Partido


A principal finalidade do grupo era patrulhar os guetos e proteger os moradores da violência policial. Auto-didata em Direito, Huey Newton aprendeu todo o Código Penal da Califórnia, assim, com embasamento na lei de porte de armas do estado, persuadiu os moradores dos bairros negros a portarem armas para se defender. Alguns anos depois, era cena comum encontrar membros uniformizados do partido portando rifles pelas ruas. Além disso, influenciados pelo marxismo, os Panteras Negras defendiam o socialismo como modelo político e o aplicavam nos bairros em que atuavam.
Além da defesa das comunidades, o partido também mantinha escolas de formação política e treinamento de artes marciais para crianças e jovens, um programa de segurança alimentar para famílias mais pobres e defendiam a isenção de impostos e um projeto de reparação financeira da “América Branca” pelos séculos de exploração, humilhação e genocídio da população negra. Também tinham rígidos padrões de comportamento moral, proibindo o uso de drogas e álcool entre os membros do partido. Em seu auge, os Panteras Negras tinham mais de cinco mil membros e coordenavam sedes nas principais cidades dos Estados Unidos. Por seu caráter combativo, seu alinhamento ideológico com o socialismo em plena Guerra Fria, e por vários tiroteios em conflitos com policiais, os Panteras Negras eram considerados “terroristas e uma ameaça à Segurança Nacional”. No final dos anos 70, tendo diminuído o número de membros, perdendo a simpatia de outros líderes negros e com a prisão e exílio de seus dois principais líderes, constantemente envolvidos em conspirações que visavam enfraquecê-los, os Panteras Negras se limitaram a manter apenas alguns de seus projetos sociais e, por fim, encerraram suas atividades no início dos anos 80.


Stockely Carmichael


Grande líder dos radicais negros desvinculou-se totalmente da política convencional americana, para organizar os radicais negros, propôs abertamente a transformação da sociedade norte americana em uma aliança firme com o esquerdismo castrista da América Latina.



Aos 26 anos, cansado da violência de mais uma detenção que sofre usando a tática da não violência o estudante Stokely Carmichael diz que cansou de dar a outra face e grita:



“Povo negro deste país, uni-vos. Reconheçam seu papel e construam uma nova sociedade”.



Ele também disse que os afro-americanos tinham que organizar sua própria luta, sendo protagonistas do movimento e brigar para chegar ao poder nos Estados Unidos da América: Poder Para o Povo!


Esse discurso foi feito no dia 16 de julho de 1967, em Greenwood, estado do Mississipi, na saída de sua 27ª detenção, Carmichael e seus companheiros tinham sido maltratados pelas forças policiais.



Ele era líder do SNCC Student Nonviolent Coordinating Committee (Comitê Conjunto de Não Violência dos Estudantes) - e ligados ao Movimento pelos Direitos Civis coordenado pelo reverendo batista Martin Luther King. Mas quem era esse jovem tão contundente no discurso?



Stokely Carmichael nasceu no dia 29 de junho de 1941 em Trinidad Tobago, em Porto de Espanha, filho de Adophus – um carpinteiro e Mabel, dona de casa. Os dois deixaram o país para emigrarem para os Estados Unidos, colocando o filho aos cuidados da avó materna. Com 11 anos foi morar com a família no bairro Harlem, em Nova Iorque.



Depois se mudam para Morris Park, de vizinhança de maioria branca e italiana. Lá é descritos por vizinhas como agressivo e selvagem, mas na verdade se defendia dos ataques dos filhos delas. Cursa o colegial numa High School do Bronx, onde passa o tempo lendo Charles Darwin e Karl Marx, reclamando da leitura fútil oferecida aos alunos.


Lá ele passa a convver com jovens brancos de classe média de formação liberal. Percebe que apesar da boa vontade expressada por eles, tem barreiras de relacionamento por ser um preto e seus amigos apenas teorizam sobre sua situação étnica, sem compreendê-la realmente.



Stokely dizia que eram liberais intectualmente, mas culturalmente preconceituosos. Com 19 anos começa a estudar na Universidade de Howard, após ser rejeitada em varias instituições de ensino racistas.



Já no primeiro ano como calouro, participa do CORE – Congress of Racial Equality (Congresso da Igualdade Racial), realizado na primavera em 1960.


Em pouco tempo se liga a SNCC. No ano de 1961, Carmichael entra de cabeça na militância e se torna um Freedom Rides – viajantes da liberdade.



É um grupo inter-racial formado por jovens que viajavam aos estados norte americanos mais conservadores e adeptos da segregação étnica; e desafiavam as leis locais freqüentando lugares proibidos aos afro-americanos. Essa pratica ficou conhecida como “sit-in”. Invariavelmente eram humilhados, espancados e detidos.



Mesmo assim não revidavam no uso da tática de não violência que os lideres negros cristão orientavam – deveriam como Jesus Cristo – dar a outra face. O reverendo Martin Luther King se inspirou na luta de independência de Índia protagonizada pelo advogado pacifista Mahatma Gandhi. Como liderança é designado para o Condado de Lowndes, no estado do Alabama, onde cadastra 3 mil negros sem direito de participar das eleições.



Tem o primeiro desentendimento com sua entidade, e opta por uma estratégia própria para cumprir a tarefa. Irrita-se com a tática de resistência passiva frente ao espancamento rotineiro dos militantes. Acha a estratégia equivocada. Em 1966, mesmo sendo um critico da SNCC, Carmichael é escolhido presidente no lugar de John Lewis, eleito congressista pelo estado da Geórgia. Mas sua critica a não violência acaba incomodado Luther King, que classifica o rapaz como radical e tinha medo que ele pudesse por tudo a perder.


Por outro lado, o discurso de Stokely atraia cada vez mais jovens para a luta pelos Direitos Civis. A postura e os discursos de Malcolm X influenciaram decisivamente Carmichael, encontrando nele um líder adequado para sua forma de combate ao racismo . A atitude do jovem James Meredith, que recém admitido na Universidade do Mississipi, mudou o destino de Carmichael.



Ele tentou sozinho marchar pelos Direitos Civis entre as cidades de Memphis e Jackson, sendo ferido por partidários contrários a integração racial. Stokely foi designado à líder um grupo voluntário para fazer o mesmo trajeto, mas em uma das paradas foi detido pela 27ª vez em sua militância.



No dia 16 de junho de 1967, na saída da prisão, em Greenwood três mil pessoas o aguardam. Lá faz o discurso reclamando que há seis anos falavam de “liberdade” e não via perspectivas no movimento com a tática de não violência contra políticos e policiais racistas, que apontavam mangueiras de água e cães para atacá-los.



E Stokely gritou a frase que marcaria sua militância: “o que nós queremos agora é PODER PARA O POVO PRETO!”. Está lançado o Movimento Black Power. A multidão imediatamente repetiu a frase “Poder PRETO”, ecoando nas comunidades de Oakland e Newark.



A frase significou para os conservadores e setores do movimento pelos direitos civis como: racista, provocativa e violenta. Os meios de comunicação exploram exaustivamente o termo Poder Negro e editoriais escritos sobre o significado dele, traduziam como racismo ao inverso .



Candidatos comprometidos com a política de segregação racial obtiveram vantagem na eleição de novembro. Imediatamente Martin Luther King classificou a frase de “escolha infeliz de palavras” e Roy Wilkins da NAACP – National Association for the Advancement of Colored People - (Associação Nacional para o Progresso das Pessoas de Cor) – também reprovava o radicalismo de Carmichael e o chamando de racista preto. Em resposta, Carmichael critica Luther King chamando de “moderado demais” e diz que a não violência é ineficiente. Stokely acaba indo a convite aos paises Vietnam, China e Cuba, e lá declara que os pretos deveriam treinar guerrilhas para defender suas comunidades e estar pronto para morrer por isso.



A SNCC destitui Stokely e ele acabou nesse tempo se ligando aos Panteras Negras, após conhecer Huey P. Newton e Bob Seale – lideres do grupo. Nomeado ministro de honra e critica publicamente a participação dos americanos na Guerra do Vietnam e conclama os negros a não se alistarem.



Por consequência é detido por dez meses e seu passaporte retido pelas autoridades. Sua passagem nos Panteras Pretas dá estrutura ideológica ao grupo e suas propostas são incorporadas as deles, dando um formato de combate ao racismo até hoje copiado por organizações pretas não governamentais. Com tempo ele acha que os Panteras eram radicais o suficiente e deixa o grupo, rumo à Guiné, África, dizendo “A América não pertence aos pretos!”, convidando todos os afro-americanos a seguir seu exemplo.



Ainda sobre os Panteras Negras ele diz que a linha dogmática do partido permitia aliança com grupos radicais brancos. Na África conhece os militantes pretos marxistas Sekou Tourc e Kwame Nkrumah. Em Gana casa-se com Miriam Makeda – cantora sul-africana e assume o nome de Kwame Turcem no ano de 1978. Na África desenvolve a teoria de que somente existiria Poder Preto em países africanos de orientação ideológica marxista. Completando a idéia, afirmava que os pretos deveriam se unir somente com pretos para uma verdadeira liberdade cultura e desenvolvimento sócio econômico.


Morre de câncer na próstata no dia 15 de novembro de 1998, em Guiné, ainda acusando que a doença era fruto do imperialismo norte-americano. Tinha 57 anos Carmichael deixou entre suas obras os livros “Poder Preto” escrito em 1967, em companhia Charles Hamilton. No livro ele defende a idéia da Beleza Negra, como o lema “Black Is Beautiful!” – Preto é lindo. Propôs que os negros abandonassem os valores e estilo da sociedade branca e que se adotassem modelos e modos de vestir africanos, inclusive no penteado que é até hoje conhecido como “Black Power”; em 1971 escreve “Stokely Speaks: Black Power Back to Pan-Africanism”. Nesta publicação ele faz uma analise marxista do Pan Africanismo. Na ocasião do lançamento do Livro Poder Preto para uma platéia de estudantes negros ele declara “quando você fala em Poder Preto, fala em construir um movimento que destruirá o que a sociedade ocidental construiu”. Era também tinha influencia de Marcus Garvey e o Nacionalismo Preto pregado nas décadas de 20. Stokely Carmichael é uma das pessoas que influenciaram muito o Movimento Negro no Brasil. Mas infelizmente para a grande maioria, o que restou do Movimento Black Power é só um penteado a ser usado, inclusive entre os afro-americanos jovens.





Stockely Carmichael Grande líder dos radicais negros desvinculou-se totalmente da politica convencional americana, fundou o partido revolucionário, Black panther(Panteras Negras), para organizar os radicais negros, propôs abertamente a transformação da sociedade norte americana em uma aliança firme com o esquerdismo catrista da América Latina.


Aos 26 anos, cansado da violência de mais uma detenção que sofre usando a tática da não violência o estudante Stokely Carmichael diz que cansou de dar a outra face e grita: “Povo negro deste país, uni-vos. Reconheçam seu papel e construam uma nova sociedade”. Ele também disse que os afro-americanos tinham que organizar sua própria luta, sendo protagonistas do movimento e brigar para chegar ao poder nos Estados Unidos da América: Poder Para o Povo! Esse discurso foi feito no dia 16 de julho de 1967, em Greenwood, estado do Mississipi, na saída de sua 27ª detenção, Carmichael e seus companheiros tinham sido maltratados pelas forças policiais. Ele era líder do SNCC Student Nonviolent Coordinating Committee (Comitê Conjunto de Não Violência dos Estudantes) - e ligados ao Movimento pelos Direitos Civis coordenado pelo reverendo batista Martin Luther King. Mas quem era esse jovem tão contundente no discurso? Stokely Carmichael nasceu no dia 29 de junho de 1941 em Trinidad Tobago, em Porto de Espanha, filho de Adophus – um carpinteiro e Mabel, dona de casa. Os dois deixaram o país para emigrarem para os Estados Unidos, colocando o filho aos cuidados da avó materna. Com 11 anos foi morar com a família no bairro Harlem, em Nova Iorque.
Depois se mudam para Morris Park, de vizinhança de maioria branca e italiana. Lá é descritos por vizinhas como agressivo e selvagem, mas na verdade se defendia dos ataques dos filhos delas. Cursa o colegial numa High School do Bronx, onde passa o tempo lendo Charles Darwin e Karl Marx, reclamando da leitura fútil oferecida aos alunos. Lá ele passa a conviver com jovens brancos de classe média de formação liberal. Percebe que apesar da boa vontade expressada por eles, tem barreiras de relacionamento por ser um preto e seus amigos apenas teorizam sobre sua situação étnica, sem compreendê-la realmente. Stokely dizia que eram liberais intectualmente, mas culturalmente preconceituosos. Com 19 anos começa a estudar na Universidade de Howard, após ser rejeitada em várias instituições de ensino racistas. Já no primeiro ano como calouro, participa do CORE – Congress of Racial Equality (Congresso da Igualdade Racial), realizado na primavera em 1960. Em pouco tempo se liga a SNCC. No ano de 1961, Carmichael entra de cabeça na militância e se torna um Freedom Rides – viajantes da liberdade. É um grupo inter-racial formado por jovens que viajavam aos estados norte americanos mais conservadores e adeptos da segregação étnica; e desafiavam as leis locais freqüentando lugares proibidos aos afro-americanos.


Essa pratica ficou conhecida como “sit-in”. Invariavelmente eram humilhados, espancados e detidos. Mesmo assim não revidavam no uso da tática de não violência que os lideres negros cristão orientavam – deveriam como Jesus Cristo – dar a outra face. O reverendo Martin Luther King se inspirou na luta de independência de Índia protagonizada pelo advogado pacifista Mahatma Gandhi. Como liderança é designado para o Condado de Lowndes, no estado do Alabama, onde cadastra 3 mil negros sem direito de participar das eleições. Tem o primeiro desentendimento com sua entidade, e opta por uma estratégia própria para cumprir a tarefa. Irrita-se com a tática de resistência passiva frente ao espancamento rotineiro dos militantes. Acha a estratégia equivocada. Em 1966, mesmo sendo um critico da SNCC, Carmichael é escolhido presidente no lugar de John Lewis, eleito congressista pelo estado da Geórgia. Mas sua critica a não violência acaba incomodado Luther King, que classifica o rapaz como radical e tinha medo que ele pudesse por tudo a perder. Por outro lado, o discurso de Stokely atraia cada vez mais jovens para a luta pelos Direitos Civis. A postura e os discursos de Malcolm X influenciaram decisivamente Carmichael, encontrando nele um líder adequado para sua forma de combate ao racismo .


A atitude do jovem James Meredith, que recém admitido na Universidade do Mississipi, mudou o destino de Carmichael. Ele tentou sozinho marchar pelos Direitos Civis entre as cidades de Memphis e Jackson, sendo ferido por partidários contrários a integração racial. Stokely foi designado à líder um grupo voluntário para fazer o mesmo trajeto, mas em uma das paradas foi detido pela 27ª vez em sua militância. No dia 16 de junho de 1967, na saída da prisão, em Greenwood três mil pessoas o aguardam. Lá faz o discurso reclamando que há seis anos falavam de “liberdade” e não via perspectivas no movimento com a tática de não violência contra políticos e policiais racistas, que apontavam mangueiras de água e cães para atacá-los. E Stokely gritou a frase que marcaria sua militância: “o que nós queremos agora é PODER PARA O POVO PRETO!”. Está lançado o Movimento Black Power. A multidão imediatamente repetiu a frase “Poder PRETO”, ecoando nas comunidades de Oakland e Newark. A frase significou para os conservadores e setores do movimento pelos direitos civis como: racista, provocativa e violenta. Os meios de comunicação exploram exaustivamente o termo Poder Negro e editoriais escritos sobre o significado dele, traduziam como racismo ao inverso . Candidatos comprometidos com a política de segregação racial obtiveram vantagem na eleição de novembro. Imediatamente Martin Luther King classificou a frase de “escolha infeliz de palavras” e Roy Wilkins da NAACP – National Association for the Advancement of Colored People - (Associação Nacional para o Progresso das Pessoas de Cor) – também reprovava o radicalismo de Carmichael e o chamando de racista preto. Em resposta, Carmichael critica Luther King chamando de “moderado demais” e diz que a não violência é ineficiente. Stokely acaba indo a convite aos paises Vietnam, China e Cuba, e lá declara que os pretos deveriam treinar guerrilhas para defender suas comunidades e estar pronto para morrer por isso.

                                       
A SNCC destitui Stokely e ele acabou nesse tempo se ligando aos Panteras Negras, após conhecer Huey P. Newton e Bob Seale – líderes do grupo. Nomeado ministro de honra e critica publicamente a participação dos americanos na Guerra do Vietnam e conclama os negros a não se alistarem. Por consequência é detido por dez meses e seu passaporte retido pelas autoridades. Sua passagem nos Panteras Pretas dá estrutura ideológica ao grupo e suas propostas são incorporadas as deles, dando um formato de combate ao racismo até hoje copiado por organizações pretas não governamentais. Com tempo ele acha que os Panteras eram radicais o suficiente e deixa o grupo, rumo à Guiné, África, dizendo “A América não pertence aos pretos! ”, convidando todos os afro-americanos a seguir seu exemplo

Ainda sobre os Panteras Negras ele diz que a linha dogmática do partido permitia aliança com grupos radicais brancos. Na África conhece os militantes pretos marxistas Sekou Tourc e Kwame Nkrumah. Em Gana casa-se com Miriam Makeda – cantora sul-africana e assume o nome de Kwame Turcem no ano de 1978. Na África desenvolve a teoria de que somente existiria Poder Preto em países africanos de orientação ideológica marxista. Completando a idéia, afirmava que os pretos deveriam se unir somente com pretos para uma verdadeira liberdade cultura e desenvolvimento sócio econômico. Morre de câncer na próstata no dia 15 de novembro de 1998, em Guiné, ainda acusando que a doença era fruto do imperialismo norte-americano. Tinha 57 anos Carmichael deixou entre suas obras os livros “Poder Preto” escrito em 1967, em companhia Charles Hamilton. No livro ele defende a idéia da Beleza Negra, como o lema “Black Is Beautiful!” – Preto é lindo. Propôs que os negros abandonassem os valores e estilo da sociedade branca e que se adotassem modelos e modos de vestir africanos, inclusive no penteado que é até hoje conhecido como “Black Power”; em 1971 escreve “Stokely Speaks: Black Power Back to Pan-Africanism”.

Nesta publicação ele faz uma analise marxista do Pan Africanismo. Na ocasião do lançamento do Livro Poder Preto para uma platéia de estudantes negros ele declara “quando você fala em Poder Preto, fala em construir um movimento que destruirá o que a sociedade ocidental construiu”. Era também tinha influencia de Marcus Garvey e o Nacionalismo Preto pregado nas décadas de 20. Stokely Carmichael é uma das pessoas que influenciaram muito o Movimento Negro no Brasil. Mas infelizmente para a grande maioria, o que restou do Movimento Black Power é só um penteado a ser usado, inclusive entre os afro-americanos jovens.